Segundo Vergueiro (1989, p. 19-21):
Parece bastante evidente que a coleção de uma biblioteca pública não se desenvolverá da
mesma forma que a de uma biblioteca universitária, escolar ou especializada. As ênfases, em
cada uma delas, serão diferentes. Se não, vejamos:
a) Bibliotecas públicas: possuem uma clientela mais dinâmica, diversificada, que deve ser acompanhada com bastante atenção devido à mudança de gostos e interesses. As necessidades informacionais da comunidade servida pela biblioteca pública variam quase que na mesma proporção com que variam os grupos, organizados ou não, presentes na mesma.
b) Bibliotecas escolares: existem - ou, pelo menos, deveriam existir - para dar suporte às atividades pedagógicas das unidades escolares. Mais que isto: devem estar integradas no processo educacional. A coleção das bibliotecas escolares segue, na realidade, o direcionamento do sistema educacional vigente.
c) Bibliotecas universitárias: devem atender aos objetivos da universidade, a saber, o ensino, a pesquisa e a extensão à comunidade. Isto vai exigir, quase que necessariamente, uma coleção com forte tendência ao crescimento, pois atividades de pesquisa exigem uma grande gama de materiais para que o pesquisador possa ter acesso a todos os pontos de vista importantes ou necessários.
d) Bibliotecas especializadas ou de empresas: existem para atender às necessidades das organizações a que estão subordinadas e, por isso - mais do que qualquer uma das outras -, têm seus objetivos muito melhor definidos. Provavelmente, a diferença maior no desenvolvimento de coleções de bibliotecas especializadas é a presença, com muito maior frequência, de materiais não convencionais - relatórios, patentes, pré-prints,etc. -, que exigem dos bibliotecários um melhores serviços aos usuários, que terão ampliado o universo de materiais à sua disposição.
VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Desenvolvimento de Coleções. São Paulo: Polis
: APB, 1989.